Análise de Resultado (1T24): Ainda esperando por uma margem EBITDA sustentável de dois dígitos

No 1T24, a Iochpe-Maxionreportou receita líquida de R$ 3,6 bilhões,EBITDA ajustado de R$ 320 milhões e lucro líquido de R$ 50 milhões. A receita líquida ficou em linha com o esperadoe o consenso, refletindo: (i) produção de veículos comerciais 26% maior em base anual no 1T24 no Brasil, em linha com a recuperação esperada da região em meio à normalização dos caminhões Euro 6, refletida nas receitas de componentes estruturais para veículos comerciais 4% maiores na América do Sul; (ii) produção global de veículos leves caindo 0,8% em um ano (ou 2,8% se excluída a China) no 1T24, o que explica as vendas de rodas de aço e alumínio na América do Norte 4% e 1% menores anualmente, respectivamente, e as vendas de alumínio rodas na Europa 15% menores; (iii) produção de veículos pesados na América do Norte 1% menor em um ano, resultando em vendas de rodas de aço e componentes estruturais 7,5% e 13% menores; e (iv) produção de veículos pesados na Europa 13% menor em um ano, implicando vendas de rodas de aço 30% menores. Ainda assim, a margem bruta aumentou 2,2pp em um ano, para 10,7%,dada a estabilização dos preços das matérias-primas e o repasse dos aumentos de custos. Como resultado, a empresa registrou EBITDA ajustado de R$320 milhões. Este valor exclui o efeito extraordinário de R$ 3,8 milhões relacionado a custos de reestruturação. Por fim, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 95 milhões, impactado positivamente por R$ 18,7 milhões relativos à atualização monetária e juros sobre precatórios, o que resultou em um lucro de R$ 50 milhões.