Análise de Resultados (3T23): Guidance de EBITDA em 2023 é revisado para baixo, mas previsão melhora para 2024

Passagens aéreas estáveis, preços de combustível 33% menores em relação ao ano anterior levaram a uma expansão de 10pp da margem EBITDA. No 3T23, a Azul reportou uma receita líquida de R$ 4,9 bilhões (aumento anual de 12%, +62% vs. 3T19), e EBITDA de R$ 1,6 bilhão (avanço anual de 68%, +66% vs. 3T19). A receita líquida ficou em linha com o estimado pelo Bradesco BBI e com o consenso, com base em: 1) aumento de 11%, em base anual, de capacidade e 12% de demanda, impulsionado pela capacidade/demanda internacional, ambos com aumento de 46%, também em base anual, levando a uma taxa de ocupação de 82,2%, avanço anual de 0,4pp; 2) passagens aéreas praticamente estáveis (alta anual de 0,4%); e 3) carga e outras receitas com aumento de 11% em comparação ao 3T22. Os preços de combustível caíram 33% no 3T23, enquanto os custos unitários excluindo combustível (CASK exceto combustível) aumentaram 12%, principalmente devido a: (i) aumento de 11% no CASK de serviço de passageiros, impulsionado pelo maior tráfego internacional, que tem maiores despesas de passageiros; e (ii) aumento de 84% no CASK de outras despesas operacionais, impulsionado por maiores despesas de treinamento, despesas de TI relacionadas à receita, custo adicional de carga em operações de última milha e maiores contingências de voo. As passagens aéreas estáveis, juntamente com os menores preços de combustível, mostram que a Azul tem sido capaz de sustentar as passagens aéreas e proteger a lucratividade. Como resultado, a margem EBITDA aumentou 4,5pp no trimestre e 10pp em base anual, e a Azul reportou EBITDA de R$ 1,6 bilhão, em linha com nossa estimativa e 6% acima do consenso. Por fim, a Azul ainda não divulgou suas despesas financeiras e lucro líquido.