Os mercados globais encerraram a semana com desempenho misto. Enquanto Nasdaq renovou máxima histórica de fechamento, S&P 500, Dow Jones e outras regiões registraram movimentos de realização de lucros. A expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Federal Reserve ganhou força após dados fracos de confiança do consumidor nos Estados Unidos e sinais de estagflação. O petróleo avançou com novas sanções à Rússia, os rendimentos dos Treasuries mantiveram viés de alta e o dólar se fortaleceu frente às principais moedas. Na Europa, o risco de rebaixamento da nota de crédito da França e indicadores econômicos fracos do Reino Unido ampliaram o clima de incerteza.
No Brasil, o Ibovespa fechou em baixa, refletindo a postura mais cautelosa dos investidores após as máximas históricas da véspera. A queda foi influenciada pelo receio de novas sanções internacionais e pela leitura abaixo do esperado dos dados de serviços. O minério de ferro teve leve alta no mercado asiático, mas não foi suficiente para sustentar o desempenho da bolsa. Na sessão, o principal índice da B3 caiu 0,61% aos 142.272 pontos, com giro financeiro de R$ 16,3 bilhões, enquanto o dólar encerrou o dia em queda de 0,71% frente ao real, cotado a R$ 5,35. O câmbio segue favorecido pela expectativa de corte de juros nos EUA, que tende a ampliar o diferencial de juros entre os países. Já os juros futuros mostraram estabilidade, com leve inclinação nas curvas, em meio à leitura do cenário macroeconômico e à proximidade de decisões relevantes no exterior.