Brasil - PNAD
Além dos dados de atividade nos EUA, o mercado também se debruçou nos números de emprego no Brasil.
Pela manhã foi reportada a PNAD Contínua com a taxa de desemprego em julho.
Mais uma vez, a taxa de desemprego recuou de 5,8% no trimestre encerrado em junho para 5,6% no trimestre encerrado em julho, ficando abaixo do consenso da Bloomberg (5,7%) e no piso das estimativas.
A queda na taxa é explicada pelo aumento do emprego associado à redução na força de trabalho.
A renda real continua crescendo em ritmo forte e, na passagem de junho para julho, houve uma nova aceleração de 3,3% para 3,8% na variação anual.
Nossa visão: o mercado de trabalho no Brasil segue aquecido, resiliente. Considerando estes números de emprego, a inflação poderia estar mais pressionada do que está, mas, como contraponto, temos o movimento do câmbio que tem ajudado para leituras mais benignas na inflação doméstica.
O banco central continuará mantendo um discurso mais duro em nossa visão. Seguimos com cenário base de Selic em 15% até encerrar o ano. Só vemos espaço para cortes de juros no início do ano que vem. Apesar das vitórias parciais na inflação, os números continuam distantes do centro da meta de 3%.
Dalton Gardimam – Economista Chefe
Maria Clara Negrão - Economista