No mercado financeiro, existe a premissa de que o investimento em ações deve ter um viés de longo prazo. Se isso for levado em consideração (e ao pé da letra), boas oportunidades de investimento de longo prazo podem ser encontradas. Porém, se engana quem acha que essa é uma missão fácil e que basta comprar um ativo e aguardar sua alta.
No processo de escolha de uma ação para a carteira, vários fatores devem ser levados em consideração. Assim, é recomendado realizar uma análise setorial e entender como a empresa escolhida se posiciona em relação à sua concorrência, por exemplo. Um bom começo é verificar se a empresa possui um diferencial competitivo atraente, também chamado de vantagem competitiva ou Moat.
O conceito de Moat é muito difundido por Warren Buffet, um dos investidores mais famosos de todos os tempos em razão do seu bom desempenho no mercado de ações. Buffet faz uma metáfora simbolizando que a empresa analisada seria um castelo e o fosso ao redor (o Moat) representaria sua vantagem competitiva, dificultando o acesso e a possível invasão do castelo.
Buffet afirma que um dos requisitos utilizados por ele na escolha uma ação para investir é procurar entender se o negócio possui um diferencial sustentável em longo prazo, em que a receita operacional derive de um produto ou serviço com ao menos um dos seguintes critérios:
Com o decorrer do tempo, empresas com vantagens competitivas conseguem elevar sua rentabilidade e manter os concorrentes afastados.
Principais tipos de vantagens
Poder da marca – é considerado um ativo intangível, pois seu valor é difícil de ser quantificado e não é lançado nos demonstrativos financeiros. Este diferencial influencia o comportamento do consumidor, o qual se dispõe a pagar mais pelo produto e/ou serviço oferecido, mesmo que haja outras opções semelhantes de concorrentes que cumprem o mesmo papel.
Exemplo: uma pessoa que vai ao supermercado pode escolher determinado refrigerante sendo atraído por sua marca, ainda que na mesma prateleira exista uma opção de outra marca com sabor equivalente e preço mais baixo.
Custo de troca – despesas que podem ser sentidas pelo cliente ao deixar de consumir um produto e/ou serviço quando o troca por outro. A ideia é fazer com que o cliente fique dependente do serviço da empresa a fim de dificultar sua migração para a concorrência.
Exemplo: uma fabricante de celular que possui um sistema operacional único pode dificultar a migração dos seus consumidores para outra marca, uma vez que se acostumaram com o sistema adquirido e podem não conseguir vincular os dados acumulados em um celular a um sistema operacional diferente.
Efeito de rede – crescimento na demanda pelo produto e/ou serviço conforme mais pessoas o consomem.
Exemplo: redes sociais se valorizam à medida que mais pessoas as utilizam; consequentemente, o aumento do número de usuários pode elevar a quantidade de conteúdos disponíveis, anúncios, entre outros, impactando novamente o crescimento de usuários da plataforma.
Estar atento e conhecer as vantagens competitivas de uma empresa pode ser o diferencial para ter bons retornos em sua carteira de ações.
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