Brasil - PMS
Nesta sexta-feira, o destaque da agenda econômica doméstica foi a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.
O volume de serviços avançou 0,3% na variação mensal em julho, ligeiramente abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg (+0,4%). O dado do mês anterior foi revisado para cima, de +0,3% para +0,4%.
Fazendo o escrutínio dos dados, observamos que, dos cinco principais grupos, três apresentaram avanços na margem, com destaque para informação e comunicação (1,0%), que volta a crescer após ter registrado uma ligeira variação negativa em junho (-0,1%). Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (0,4%); e dos serviços prestados às famílias (0,3%), com o primeiro ramo tendo crescido após ter ficado estável no mês anterior e o segundo setor recuperando uma pequena parte da perda acumulada entre abril e junho (-1,9%).
Em contrapartida, os transportes (-0,6%) exerceram a principal retração, seguidos pelos outros serviços (-0,2%), com o primeiro ramo eliminando parte do ganho de junho (1,6%) e o último emplacando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,7%.
Na variação anual, o volume de serviços avançou 2,8%, um pouco acima do esperado pelo mercado (2,7%).
Nossa visão: o dado de hoje reforçou a nossa avaliação de que a economia brasileira está desacelerando de forma gradual. Projetamos estabilidade na variação trimestral para o PIB do 3T25. No 4T25, vislumbramos queda de 0,4% na variação trimestral. Para 2025, projetamos PIB de 1,9%.
Dalton Gardimam – Economista Chefe
Maria Clara Negrão - Economista