Ibovespa resiste à pressão global
No exterior, o tom negativo prevaleceu nesta sexta-feira. As bolsas americanas encerraram em queda, com tecnologia liderando as perdas diante das dúvidas sobre a sustentabilidade da Inteligência Artificial. O movimento foi reforçado pelo avanço dos juros dos Treasuries médios e longos e pela valorização do dólar frente às principais moedas, em meio à percepção de postura mais conservadora do Fed. Entre as commodities, o petróleo fechou em queda e acumulou perdas de 4% na semana, com expectativas de maior oferta e ajustes nas projeções para 2026.
Por aqui, o Ibovespa apresentou alta firme de 0,99%, aos 160.766 pontos, com giro financeiro de R$ 22,9 bilhões, apoiado pelo bom desempenho de Petrobras e bancos, além do fluxo estrangeiro e do diferencial de juros. A estatal avançou mesmo após a Federação Única dos Petroleiros (FUP) manter a decisão de greve nacional a partir da próxima segunda-feira. A curva de DI perdeu inclinação, com maior recuo nos vencimentos longos, refletindo o tom conservador do Copom e apostas em cortes da Selic no primeiro trimestre de 2026. No câmbio, o dólar avançou 0,12% frente ao real, cotado a R$ 5,41, acompanhando o fortalecimento global da moeda americana e ajustes técnicos.