Macro Insights

EUA - FOMC

Nesta quarta-feira, foi destaque na agenda econômica no exterior a decisão de juros nos EUA.

Como era amplamente esperado pelo mercado, pela 1ª vez em noves meses, o Fed reduziu as fed funds em 0,25 p.p., levando a taxa básica de juros para no intervalo de 4-4,25%.

A decisão não foi unânime. Um membro votante que foi indicado recentemente por Donald Trump votou por um corte mais agressivo de 0,5 p.p..

Em relação ao comunicado pós decisão, como novidade em relação ao anterior, o Fed indicou que os ganhos de emprego diminuíram. Salientou que a taxa de desemprego subiu mas se mantém ainda em níveis baixos. Comentou que a inflação se moveu para cima e, finalmente, destacou que os riscos aumentaram na direção de uma maior deterioração no mercado de trabalho.

Em termos de gráficos de pontos, o Fed indicou mais dois cortes de juros ainda em 2025, além do corte de hoje. Em outras palavras, podemos dizer que o Fed projeta um juros menor no final de 2025 vis-à-vis as projeções da reunião de junho.

Nossa visão: Considerando um cenário de soft landing da economia americana (desaceleração sem recessão) e a continuidade da fraqueza do dólar no exterior, os ativos de risco de países emergentes incluindo o Ibovespa tendem a se beneficiar deste ambiente de juros menores nos EUA (conforme podemos observar nos gráficos acima). O risco da nossa análise está na premissa de desaceleração sem recessão. Em caso de recessão, as bolsas americanas sofreriam e o Ibovespa não sairia ileso.

Dalton Gardimam – Economista Chefe  

Maria Clara Negrão - Economista